Informação sobre hipertireoidismo, sintomas, prevenção e tratamento do hipertireoidismo, identificando o diagnóstico das suas causas, incluindo a doença de Graves, sua causa principal, com dicas que contribuam para uma melhor qualidade de vida.


terça-feira, 24 de julho de 2012

Tratamento do hipertireoidismo na gravidez

Ao contrário do hipotireoidismo, o objetivo do tratamento das pacientes com tireoide hiperativa é reduzir os hormônios tireoidianos no sangue. O medicamento antitireoidiano pode ser tomado durante a gravidez e deve ter a menor dose possível. Alternativamente, algumas grávidas podem submeter-se a cirurgia para retirada de parte da glândula tireoide, caso sejam alérgicas ao medicamento, ou se vierem a precisar de doses tão elevadas que poderiam afetar a glândula tireoide do feto. A cirurgia é realizada no meio da gravidez, quando os riscos de abortamento ou de parto prematuro estiverem em seu nível mínimo. Outro tratamento comum do hipertireoidismo é o tratamento por iodo radioativo.
No entanto, esse tratamento está proibido durante a gravidez, pois pode prejudicar o feto.

Hipertireoidismo durante a gravidez

É raro hipertireoidismo na gravidez, mas se ficar sem tratamento pode se tornar muito sério tanto para a mãe quanto para o bebê. Entre os problemas, podem ocorrer abortamento, mau desenvolvimento do feto no útero, parto prematuro, pressão arterial elevada, defeitos físicos do bebê, e “tempestade tireoidiana” onde um evento estressante ou uma infecção maciça podem causar uma elevação perigosa dos níveis do hormônio tireoidiano.
A doença de Graves (uma doença do sistema imunológico mais comum em mulheres jovens) é a causa de quase todos (85 %) os casos de hipertireoidismo durante a gravidez. Grávidas com doença de Graves podem sentir-se melhor durante a gravidez porque o sistema imunológico é suprimido para proteger o feto mas, normalmente, a doença volta a piorar nos primeiros meses pós-parto.
Também é difícil diagnosticar hipertireoidismo na gravidez porque muitas das alterações normais durante esse período são semelhantes aos sintomas da disfunção, como, por exemplo, sensação de calor, sudorese excessiva, vômito ou palpitação cardíaca.
Se você estiver grávida e seus batimentos cardíacos passarem de 100 por minuto, e se estiver perdendo peso, vá ao médico imediatamente para descartar o hipertireoidismo.

Tratamento do hipertireoidismo

Diversos fatores vão nortear a decisão de seu médico sobre o tipo de tratamento que melhor se adapta a cada paciente. O método inicial de tratamento é o medicamentoso, e a terapia com iodo radioativo é em geral a opção mais utilizada como tratamento definitivo. Pacientes crianças, adolescentes, com bócios muito volumosos ou com nódulos são mais tendentes ao tratamento cirúrgico.

Tratamento de crianças com hipertireoidismo

O tratamento de crianças com hipertireoidismo visa reduzir a quantidade de hormônios tireoidianos no sangue.
Pode-se escolher cirurgia para crianças com efeitos colaterais aos medicamentos antitireoidianas existentes. Ao contrário do que ocorre com adultos, o tratamento com iodo radioativo é improvável de ser usado porque são desconhecidos os efeitos de longo prazo em crianças e adolescentes. Os pais ficarão mais tranquilos ao ouvir que o tratamento é tão efetivo em crianças quanto em adultos.
Crianças com diagnóstico de disfunção tireoidiana precisam do suporte das famílias para assegurar que tomarão o medicamento diariamente e para controlar seus problemas. Também é útil que a escola conheça o diagnóstico da criança e qual medicamento está sendo administrado.

Hipertireoidismo em jovens

A doença de Graves (um distúrbio do sistema imunológico) é responsável por quase todos os casos de hipertireoidismo, em crianças. Felizmente, essa é uma doença rara nessa faixa etária, afetando apenas uma em cada 10.000.000 de crianças. A doença de Graves tende a ser mais comum em adolescentes, e a probabilidade de disfunção tireoidiana é maior em meninas do que em meninos.
Pode ser difícil reconhecer a doença de Graves em crianças porque, muitas vezes, ela se desenvolve lentamente, mas mudanças de comportamento e desempenho escolar, insônia, inquietude/irritabilidade e a necessidade de levantar à noite para urinar são os sinais mais comuns que devem ser observados. Entre outros sintomas, a própria tireoide fica tão avolumada que pode ser visível, mãos trêmulas, aumento de apetite com perda de peso, diarreia e os clássicos olhos esbugalhados.
Raparigas que desenvolvem hipertireoidismo depois da puberdade muitas vezes têm menstruação leve e infrequente, ou podem até parar de ter sangramento.

Problemas de tireoide durante a gravidez

Os problemas de tireoide durante a gravidez podem ser muito sérios, e é da maior importância que a condição seja detectada o mais cedo possível. Mulheres com histórico familiar de disfunção tireoidiana ou de outras condições autoimunes comuns, como diabetes tipo 1, devem conversar com o médico ou para um exame anterior, ou logo nos primeiros estágios da gravidez. As mães devem estar atentas aos problemas da tireoide, pois eles são oito vezes mais frequentes em mulheres do que em homens.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Tratamento cirúrgico da Doença de Graves

O tratamento cirúrgico atualmente tem indicações limitadas nos pacientes com doença de Graves, sendo considerado quase que um tratamento de exceção. Embora associado a maior probabilidade de eutireoidismo em longo prazo, apresenta como principal desvantagem o risco de complicações cirúrgicas, diretamente relacionadas com a experiência do cirurgião que realiza o procedimento. Várias complicações têm sido descritas, incluindo lesão dos nervos laríngeos ou das glândulas paratiréoides. Pode ocorrer também hipotireoidismo, persistência ou recorrência do hipertireoidismo, além dos riscos inerentes aos procedimentos cirúrgicos como infecções, sangramento e lesões de vasos cervicais e de traquéia e até mesmo risco de morte.
O tratamento cirúrgico deve ser indicado em crianças e gestantes alérgicas às medicações antitireoidianas ou que não apresentam aderência ao tratamento, pacientes com bócios volumosos ou que desejam tratamento definitivo e recusam o tratamento com radioiodo.

Tratamento da Doença de Graves

O tratamento da Doença de Graves objetiva a cura do hipertireoidismo, uma vez que não há como intervir no processo de auto-imunidade, e pode ser efetuado por meio de três modalidades: uso de drogas antitireoidianas, iodo radioativo ou cirurgia.
Recentemente, tem sido proposta também a embolização arterial tireoidiana para o tratamento da doença. A definição da terapêutica de escolha ainda é motivo de controvérsia entre os autores, variando de acordo com diferentes regiões: enquanto que nos EUA o iodo radioativo é a opção terapêutica empregada pela maioria dos tireoidologistas (69%), na Europa, América do Sul e Japão o tratamento clínico é o de escolha (77%, 83% e 88% dos tireoidologistas, respectivamente). Já a tireoidectomia costuma ser reservada atualmente apenas para casos especiais.

Doença de Graves

Julga-se que a causa da doença de Graves (bócio tóxico difuso) é um anticorpo que estimula a tireoide a produzir um excesso de hormônios. Observam-se os sinais típicos do hipertireoidismo e três sintomas distintivos adicionais. Dado que a glândula completa é estimulada, aumenta muito de tamanho e causa uma tumefação no pescoço (bócio). As pessoas que sofrem esta doença também podem ter os olhos salientes (exoftalmos) e, menos frequentemente, zonas de pele edemaciadas nas tíbias.
Os olhos tornam-se salientes devido a uma substância que se acumula na órbita. Essa protusão ocular associa-se a uma intensa fixidez no olhar e a outras alterações oculares características do hipertireoidismo.
Os músculos que movem os olhos deixam de funcionar da forma adequada, e esta é a causa da dificuldade ou impossibilidade de mexer os olhos ou coordenar os seus movimentos, o que provoca visão dupla. As pálpebras, ao não se fecharem por completo, expõem os olhos a lesões devidas a partículas estranhas e à secura. Estas mudanças podem começar anos antes de se detectarem quaisquer outros sintomas do hipertireoidismo, proporcionando uma chave inicial da doença de Graves, ou podem não se apresentar até que apareça o resto dos sintomas. Os sintomas oculares podem inclusive manifestar-se ou agravar-se depois do tratamento e controlo da secreção excessiva do hormônio tireoideano.

Consequências da disfunção tireoidiana

Os sintomas físicos da disfunção tireoidiana são desagradáveis e podem afetar a autoestima, o trabalho, e a vida familiar. Porém, o que mais preocupa é que, se ficarem sem tratamento, podem levar a complicações sérias e potencialmente com ameaça da vida.
Hipotireoidismo não tratado pode levar a uma frequência cardíaca tão lenta que pode levar o paciente a coma. Além disso, ela está sempre associada com pressão arterial elevada e altos níveis de colesterol (fatores de risco significantes para doença cardíaca), infertilidade e mal de Alzheimer (o risco é maior para mulheres).
Hipertireoidismo não tratado pode levar a uma arritmia (taxa irregular de contrações do músculo cardíaco) até a ataques cardíacos. Além disso, em mulheres menopausadas, o hipertireoidismo aumenta o risco de osteoporose (perda de massa óssea) e potencialmente a fraturas fatais.
Existe tratamento efetivo das disfunções tireoidianas para reduzir os riscos de complicações sérias. Converse com o médico, para ter mais informações.

Disfunções da tireoide

Se sua tireoide estiver subativa, ela está produzindo pouco hormônio tireoidiano, o que resulta numa condição chamada hipotireoidismo. Pessoas com hipotireoidismo usam a energia mais devagar, e seu metabolismo também fica mais lento. Por outro lado, se sua tireoide hiperativa, a glândula libera excesso de hormônio tireoidiano na corrente sanguínea. Isso causa uma disfunção chamada hipertireoidismo, que acelera o metabolismo.
A disfunção tireoidiana de cada pessoa é única, e nem todas as pessoas sofrem todos os sintomas produzidos pela doença.
As duas disfunções tireoidianas (hipotireoidismo e hipertireoidismo) são muito diferentes entre si mas, nos dois casos, a glândula tireoide pode tornar-se maior do que o normal, podendo até ser visível ou percebida na parte inferior da garganta. Bócio é o nome médico da glândula tireoide de volume aumentado.

Hipertireoidismo e coração

  • Se você já tem doença cardíaca, a volta aos níveis normais dos hormônios da tireoide em seu organismo é importantíssima. Caso contrário, você verá a piora de seus problemas cardíacos.
  • Hipertireoidismo leve coloca idosos sob risco de desenvolver fibrilação atrial, um fator de risco para derrame.
  • Há três opções de tratamento para o hipertireoidismo. Seu médico examinará com você as vantagens e desvantagens de cada uma delas.
  • Assim que o tratamento for ajustado às suas necessidades, você irá sentir-se melhor como jamais você esteve em sua vida, por longo tempo.

Diagnóstico de Hipertireoidismo

O Diagnóstico de Hipertireoidismo é baseado na anamnese, exame físico e avaliação laboratorial.

Exame Físico:
  • Aferição do peso, pressão arterial e frequência cardíaca
  • Inspeção da parte anterior do pescoço
  • Palpação da tireóide (determinação do tamanho, consistência e presença de nodularidade)
  • Exame neuromuscular
  • Exame ocular (na busca de exoftalmia ou outros sinais de oftalmopatia)
  • Exame dermatológico
  • Exame cardiovascular
Exames Laboratoriais:
  • Dosagem de TSH (< 0,1 mIU/L)
  • T4 livre
  • T3 livre
  • Dosagem do anticorpo anti-receptor do TSH (TR Ab) - diagnóstico etiológico
  • Captação de iodo radioativo (I131) - diagnóstico e cálculo da dose terapêutica

Sintomas de hipertireoidismo

O hipertireoidismo não é tão comum quanto o hipotireoidismo.
Os principais sintomas, entre outros, são os seguintes:
  • Perda de peso, mesmo alimentando-se normalmente
  • Ansiedade e irritabilidade
  • Frequência cardíaca muito alta (às vezes, mais de 100 batimentos por minuto)
  • Olhos saltados, esbugalhados
  • Mãos trêmulas
  • Sensação de muita fraqueza
  • Perda de cabelos
  • Movimentos intestinais frequentes
  • Unhas que crescem muito depressa
  • Pele fina e muito lisa
  • Sudorese maior do que a habitual
  • Períodos menstruais anormais

Causas do hipertireoidismo

A principal causa de hipertireoidismo é a Doença de Graves, uma patologia que acomete a tireóide, em que há produção de anticorpos que atacam a glândula simulando o hormônio TSH, um estimulador do funcionamento da  tireóide. Esta é a causa de 3 em cada 4 casos de hipertireoidismo.
Há também o bócio nodular tóxico, que apresenta nódulos tireoidianos (único ou múltiplos) que produzem hormônios independentemente do controle do organismo (nódulos quentes).
Esta doença geralmente acomete pacientes mais idosos, mas pode ocorrer em todas as idades.

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo é uma síndrome clínica que resulta do aumenta da função da glândula tireóide acarretando a tireotoxicose, quadro clínico caracterizado pela exposição dos tecidos a uma quantidade excessiva de hormônios tireoidianos, mas que nem sempre se origina da hiperfunção tireoidiana. A elevação dos níveis circulantes desses hormônios é responsável por diversos efeitos deletérios em múltiplos órgãos, principalmente no sistema cardiovascular e ósseo. Seu excesso causa aumento da freqüência cardíaca, da pressão arterial sistólica e da massa e contração ventricular esquerda. A tireotoxicose pode levar ao desenvolvimento de complicações graves como insuficiência cardíaca congestiva, cardiomiopatia e arritmias, principalmente fibrilação atrial (10-30%). O hipertireoidismo também está associado ao aumento da reabsorção óssea, e elevação da excreção de cálcio e fósforo na urina e fezes, com conseqüente diminuição na densidade mineral óssea e risco de fraturas em mulheres idosas. Estudos de base populacional demonstram que pacientes com hipertireoidismo apresentaram maior risco de mortalidade devido a doenças cérebrovasculares, cardiovasculares e fraturas do colo do fêmur. A tireotoxicose é também causa de transtornos neuropsíquicos importantes, como agitação psicomotora, transtorno de ansiedade e instabilidade de humor.
A prevalência do hipertireoidismo é estimada em 0,5 a 2% na população em geral, sendo mais comum em mulheres.

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